Como ter um cão calmo em casa

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Como ter um cão calmo em casa?

É muito comum ouvirmos ditados do tipo “somos fruto das experiências que passamos” no mundo humano, mas será que no mundo canino, isso também é verdade? Será que o meio em que o cão vive exerce alguma influência na vida dele? Será que o aprendizado social interfere em algo? Você já chegou à casa de alguém e saiu com aquela sensação “nossa, que ambiente agradável” ou com a sensação de quem nem saiu ainda, mas já quer retornar para lá? Ou aquele lugar que te deixa mais renovado toda vez que você visita? Incrível, não é? É inegável que o ambiente exerce uma interferência direta no nosso estado emocional e nós, humanos, percebemos isso. Quando falamos de cães, encontramos uma resistência maior para conseguirmos identificar essas situações porque muitas vezes ignoramos a condição dos cães de serem seres sencientes, ou seja, capazes de ter percepções do que lhe acontece e lhe rodeia. No momento que resolvemos trazer um animal de estimação para nossa casa, imprimimos a ele a nossa rotina de trabalho, estilo de vida, nossa família, modo com que nos relacionamos com as pessoas (sociáveis ou não), nossa personalidade, nossos estados emocionais, nosso tom de voz, nossa programação de televisão e compartilhamos a nossa casa. Você pode não ter se dado conta disso, contudo tudo isso interfere na vida de todos que residem em uma casa e principalmente: na vida do cão. A treinadora de cães, e autora do livro Don´t Shoot The Dog, Karen Pryor acredita que o comportamento do animal é uma espécie de sopa com respostas internas, externas, aprendidas e não aprendidas e ai entraria a importância do ambiente interno.
Existem alguns aspectos importantes para levar em consideração na fala da Karen Pryor que é a personalidade do animal, ainda que tenhamos parâmetros através do perfil geral da raça ou do cruzamento, cada animal traz sua característica de ser ímpar e com isso, cada um irá somatizar o ambiente que se insere a sua maneira. O ambiente e a forma como este animal esta inserido na família (parte integrante ou como animal de estimação) irão interferir do desenvolvimento dele não apenas fisicamente, emocionalmente e no processo de conhecimento também. Um cão que está inserido em um ambiente mais equilibrado, com rotina mais clara, tende a atingir o estado de relaxamento mais fácil. E esse estado de relaxamento, segundo Linda Tellinton Jones, a autora do Getting in TTouch, é responsável pela a abertura da compreensão do animal, facilitando a habilidade, disposição e capacidade de aprender. É importante conhecermos o nosso cão para sabermos o que proporcionar a ele e estabelecermos uma balança de necessidades básicas x condições que temos. As necessidades básicas seriam tudo aquilo que aquele animal irá exigir para atingir o bem-estar dele. E as condições seriam as variantes que surgem na vida do animal, tudo que foge à normalidade do dia a dia. Essa balança ela sofre uma interferência diretas: o ambiente. Portanto, é válido o pensamento que da mesma forma que o ambiente externo exerce uma interferência sobre nosso estado como humanos, ele também irá influenciar os animais, cabendo aos tutores através de uma percepção ou de um olhar de um bom profissional conseguir auxiliar melhor a família na busca desse equilíbrio e do bem estar do animal.

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