7 dicas para uma boa relação entre pets e crianças

7 dicas para uma boa relação entre pets e crianças

Que ninguém resiste a ver bichos e crianças se amando todos concordamos, mas nem sempre essa relação se desenvolve conforme vemos pela internet fora…

Hoje trago alguns cuidados a ter para tentar que a relação entre pets e crianças seja o mais harmoniosa possível:

✔ Bebés e crianças são diferentes dos restantes seres humanos no seu cheiro, movimento, som e postura, por isso frequentemente cães e gatos ficam confusos- eles não os reconhecem como sendo da mesma espécie que a nossa. Quanto mais socializarmos os animais, expondo-os a interações agradáveis com mini humanos, mais fácil será a interação com o novo membro da família.

✔ Consulta comportamental para ajudar com treinos específicos, o mais cedo possível- geralmente se fala muito em acostumar a certos movimentos e sons, o que realmente é primordial, mas é igualmente importante avaliar outros aspetos a serem trabalhados (posse de recursos, intolerância a manipulação, animais que choram/latem com frequência, etc). Isso por dois motivos: primeiro porque são comportamentos que nos indicam que o bem-estar do animal está comprometido e com isso pode ser que ele acabe não reagindo com tanta tranquilidade ao meio que o rodeia. E segundo porque irão dificultar a vida dos responsáveis, na medida em que exigirá mais manejo e cuidados- e viver com um recém-nascido já é desafiante o suficiente por si só né, por isso vamos tentar facilitar!

✔ As rotinas com um bebé em casa mudam totalmente e é interessante avaliar o que vai alterar (local de dormir, horários de passeio, etc) para que ocorra antes. Dessa forma garantimos um processo mais gradual para o bicho e a não associação dessa mudança com a chegada do novo membro da família.

✔ Horário específico com o tutor, sem a interferência do pequeno, é algo que também é importante- uma brincadeira, sessão de treino ou um passeio, para que o animal receba, mesmo que por um período curto de tempo, atenção exclusiva.

✔ Supervisão constante, independentemente do tamanho e personalidade do animal- somos nós adultos que precisamos de garantir um ambiente harmonioso para todos, e o que acontece é sempre nossa responsabilidade! Bebés e crianças pequenas não têm noção da força que colocam ou do tipo de brincadeiras, e isso poderá deixar o animal numa situação que ele considere desconfortável e acabe reagindo para de defender. E verificamos também o contrário- muitos animais não conseguem saber a repercussão de seus movimentos perto de pequenos humanos e podem, até sem querer, empurrar e machucar.

✔ Respeito sempre- um pouco de encontro com o ponto anterior, é importante mostrarmos aos novos habitantes da casa que os animais merecem o nosso respeito, não só sendo exemplo mas também administrando as suas interações. A integridade física e emocional de todos deve ser garantida.

✔ Expectativas baixas- nem todo o animal vai amar loucamente o irmão mais novo ou pode ser que demore a fazê-lo, e está tudo bem! Cada um tem sua forma de ser e é importante aceitar ? Eventualmente o bebé que só faz barulho evolui para alguém que derruba comida no chão e até é capaz de brincar, e com isso pode haver um aumento no interesse do animal.

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Inês Duarte Costa

Formada em Medicina Veterinária pela Universidade de Évora (Portugal). Mestrado realizado na Universidade de Évora (Portugal) e na Universidade Federal do Paraná (Brasil), com tese sobre o tema Comportamento Animal. Atua como treinadora de cães, desde 2005 e como veterinária comportamentalista, desde 2016.

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